sábado, 19 de setembro de 2015

"Eu não virei santa, eu sou temente a Deus, é diferente"

 "Eu não virei santa, eu sou temente a Deus, é diferente"

Para preencher o vazio que sentia, a gaúcha de 27 anos buscou a fama, o corpo perfeito, as drogas, a prostituição, o dinheiro e o amor a qualquer custo

Aos 27 anos, a gaúcha Andressa Urach garante que finalmente encontrou um sentido para a vida. Em entrevista exclusiva à Folha Universal, Andressa revela detalhes sobre a sua trajetória e a transformação pela qual passou nos últimos meses. A conversa com a nossa reportagem ocorreu em 27 de agosto, no Templo de Salomão, em São Paulo. “Hoje, deito a minha cabeça no travesseiro e tenho paz, isso vale mais do que qualquer dinheiro. Eu sei de onde saí e não quero mais voltar para lá”, diz.
Nascida em uma família desestruturada do interior do Rio Grande do Sul, Andressa conta que foi rejeitada pelo pai. Sem recursos, a mãe a entregou a uma família que se encarregou de cuidar dela. Dos 6 aos 8 anos de idade sofreu abusos sexuais do avô de criação. Depois, voltou a viver com a mãe e chegou a passar uma temporada na casa do pai.
Ela se casou aos 15 anos, teve o filho Arthur aos 17 e se divorciou aos 21. Sem dinheiro, Andressa tentou ser dançarina de um prostíbulo e acabou fazendo programas. Tornou-se prostituta de luxo, posou nua, foi vice-Miss Bumbum, participou do reality show A Fazenda e fez 14 cirurgias plásticas. Em novembro de 2014, Andressa foi internada em Porto Alegre com um quadro gravíssimo por causa da aplicação de hidrogel nas pernas feita cinco anos antes. Andressa teve infecção generalizada, passou 28 dias na UTI e chegou muito perto da morte. Ela ganhou várias cicatrizes e uma certeza:
era hora de mudar.
Busca frustrada
















“Busquei o amor da minha família, das pessoas, das amizades, mas eu simplesmente não achava. Essa busca fez com que eu me tornasse uma pessoa amarga, cheia de ódio. Nos seis anos na prostituição, sofri muito, mas não conseguia sair daquilo. Era viciada em beleza, álcool, drogas, prostituição. Buscava a felicidade nessas coisas. Eu era vazia, tinha uma angústia muito grande no peito. Quando era pobre, eu achava que se fosse rica seria feliz. Cheguei ao auge da fama, tive carro importado, cobertura, R$ 60 mil na conta, mas era extremamente infeliz, pensava em suicídio.”
Fama
“A busca pela fama é falta de amor. Eu tinha prazer em receber elogios, mesmo quando eram chulos. Além disso, quanto mais famosa você fica, maior é o seu cachê na prostituição. Precisava ser capa de revista e aparecer na TV para ganhar mais. Os clientes são homens de todos os tipos: religiosos, jogadores, atores, cantores, empresários. Muitos falavam que amavam as esposas, os filhos, eles não queriam se separar, mas sentiam necessidade de buscar fora o que eles não tinham em casa. Eles eram carentes, diziam que as esposas não davam carinho, atenção. Muitas vezes, fui psicóloga, eles ficavam horas desabafando comigo.”
Envolvimento com entidades
“Certa vez, aconteceu de uma senhora me dar banho de sal grosso para tirar inveja. Ela colocou cartas e me ofereceu trabalho com as entidades. Ela disse que eu ia ganhar mais dinheiro, mais homens na prostituição. Fiz trabalhos para destruir casamentos, para destruir rivais. Não tinha limites, eu estava cega. Quando cheguei ao auge, começou a vir uma culpa muito grande, aí virei as costas para a religião. Quando parei de dar champanhes para entidades, comecei a ter problemas de saúde. No livro Morri para Viver, explico isso em detalhes.”
Vaidade
“Eu quase morri pelo excesso de vaidade. A gente precisa se cuidar, mas tudo tem que ter limites. Não adianta cuidar da estética se você é uma pessoa amarga por dentro, ruim, fria. Durante a infância, eu tinha problema de aceitação, me achava muito feinha. Foram 14 cirurgias plásticas em quatro anos. Gastei quase R$ 1 milhão para ficar perfeita e estraguei meu corpo.”





































Fundo do poço
“Antes mesmo de ficar doente (em meados de 2014), eu estava muito depressiva, tinha pensamentos negativos, usava drogas, vivia em baladas, tinha insônia. Eu precisava de ajuda, mas não via saída. Depois, tive infecção generalizada, fui internada, meu rim parou, meu sistema respiratório parou. Sofri 28 dias na UTI, passei por 18 cirurgias. Ali tive um encontro com Deus.”
Conversão
“Eu ouvia falar de Deus, mas não queria me converter. Minha mãe sempre lutou por mim, ela me acompanhava no hospital, os pastores da Universal também sempre iam ao hospital. Minha família é da Universal há 20 anos, minha mãe sempre falou de Jesus, mas eu saía correndo. Quando peguei a segunda bactéria, eu realmente pensei que fosse ficar numa cadeira de rodas. Naquele momento, eu não tinha mais nada a perder. Tinha medo da morte porque sabia que minha alma não iria para um lugar bom. Então, eu disse para mim mesma: ‘vamos ver se esse Deus é vivo mesmo’. “

















O início da vida com Jesus
“Quando me batizei nas águas, parece que tudo piorou. A inflamação nas pernas piorou, todo mundo se levantou contra mim. Quanto mais eu me aproximava de Deus, mais difícil ficava. Ter Deus não significa que você não vai ter guerra, só que Ele te dá uma armadura para enfrentar, Ele faz você ter certeza de que Ele está contigo. Mas não foi fácil, foi muito difícil. Teve momentos que vinham pensamentos dizendo que eu deveria desistir, tive de perseverar muito. Eu sabia que o diabo queria minha alma. Eu tinha muito medo da morte. Acho que se não fosse o medo de ir para o inferno, se eu não tivesse certeza de que precisava salvar a minha alma, talvez eu continuasse com a mesma vida. Eu não virei santa, eu sou temente a Deus, é diferente. Eu posso atravessar a rua e morrer e ter a minha alma salva, é isso que importa para mim.”
Passo a passo da mudança
“Ainda no hospital, eu li o livro Nos Passos de Jesus, oferecido por uma obreira da Universal. Depois, li 50 Dicas para Blindar a sua Fé, que foi muito importante para a minha mudança de pensamento. Comecei a me vigiar para parar de falar palavrão e passei a me preocupar com o meu corpo, pois descobri que ele é templo do Espírito Santo. Cuido tanto da alimentação quanto da escolha de roupas. Descobri que não precisava ser vulgar. Depois comecei a ler Mateus, Marcos e João (livros da Bíblia) e aí tudo começou a fazer sentido para mim. É como se tivesse saído uma venda dos meus olhos. Eu abri meu coração, foi uma entrega total. Mudei meus pensamentos, minhas atitudes e todo dia eu busco melhorar e aprender. Você tem que cuidar, vigiar, cuidar para não ter orgulho, para não perder a humildade. Nossos maiores inimigos são nossos pensamentos.”
















Livro
“Quando saí do coma, eu sentia necessidade de me perdoar e perdoar as pessoas. Escrever o livro é assumir os meus erros. Eu pensei ‘se Deus é tão maravilhoso e transformou a minha vida, o mínimo que eu posso fazer é escrever a minha história para ajudar as pessoas que estão no fundo do poço’.”
Futuro
“Antes da minha conversão, eu tinha muitos sonhos, eu almejava muitas coisas. Hoje, minha vida está nas mãos de Deus. Lógico que a gente coloca projetos, mas eu vivo um dia de cada vez. Aprendi a ser mãe, dou valor ao meu filho (Arthur, de 10 anos), à minha saúde, eu agradeço pela água que eu bebo, pelas minhas pernas, por eu poder caminhar, eu criei outros valores. Então, meu futuro está nas mãos de Deus. Minha mãe está realizada (com a mudança de Andressa). Ela e minha avó nunca desistiram de mim.”





Folha UNIVERSAL na Fundação CASA




Esta dinâmica é feita nas Unidades da Fundação Casa de São Paulo, com a orientação dos técnicos da Fundação Casa e Obreiros da UNIVERSAL.










Pastor Geraldo Vilhena (Coordenador de evangelização em Unidades da Fundação Casa de São Paulo)



IURD NA FUNDAÇÃO CASA PERGUNTA:Qual a importância da Folha Universal nesta dinâmica?
Pastor Geraldo Vilhena responde: A Folha Universal é rica em diversas informações que edifica os jovens internos e famílias na parte espiritual e social.
IURD NA FUNDAÇÃO CASA PERGUNTA: Por que edifica na área espiritual?
Pastor Geraldo Vilhena responde: Por que os jovens tem informações de varias mensagens dos Bispos e pastores e também aos testemunhos de transformação de vida.
IURD NA FUNDAÇÃO CASA PERGUNTA: Com esta dinâmica senhor tem observado mudanças ?
Pastor Geraldo Vilhena responde: Sim                                                                depois da implantação deste projeto os jovens internos tiveram mais interesse pela leitura.  Tendo como conseqüência um grande crescimento espiritual e educacional  na vida dos jovens na Fundação Casa.


É usado como fonte a FOLHA UNIVERSAL.

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