quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

As marcas da prostituição que você não conhece

As marcas da prostituição que você não conhece

Apesar de roupas e maquiagens chamativas, uma vida sem brilho e sem cor. Por trás de um belo sorriso, muita tristeza. Histórias de meninas marcadas por “seus proprietários” revelam a solidão e o desejo de mudança

Sinais pelo corpo revelam marcas que distinguem mulheres. Uma escravidão psicológica e sexual faz com que garotas de programa sejam tratadas como propriedade. Recentemente, uma denúncia feita pelo canal de televisão norte-americano CNN revelou isso. Em corpos tatuados existem mais do que desenhos, símbolos ou nomes: são marcas que mostram o poder dos “proprietários”. 
Além do abuso emocional, essas tatuagens são um lembrete da violência, da opressão e dos perigos de uma atividade divulgada como atraente, mas que, na verdade, é triste, solitária e destrói vidas e famílias.
Assim, homens e mulheres caem na armadilha e usam a prostituição como fonte de traições e ilusões. Só que o que muitos não sabem é que são vítimas de um mundo sujo que busca apenas dinheiro. Por isso, a equipe da Folha Universal reuniu quatro mulheres para desvendar quais são as verdadeiras marcas da prostituição: Clara, Ana Júlia, Silvana e Andressa. Elas abriram o jogo e fizeram revelações sobre o que podemos chamar de “prostituição nua e crua”.
A realidade que apropaganda não mostra
Detestadas por muitas pessoas, elas carregam consigo histórias e traumas que ninguém vê, mas que em muitos casos são o pontapé inicial para entrar nesse meio. “Nesse sentido, a baixa autoestima, aliada aos sentimentos de rejeição, discriminação e a vivência da violência, facilita o envolvimento de jovens no contexto da exploração sexual comercial”, explica Mirian Lopes, sexóloga e psicóloga.
O abuso vivido na infância fez com que Clara buscasse na prostituição uma forma de se vingar. “Fui estuprada várias vezes, quando criança, por um parente e jurei vingança a todos os homens”, conta a jovem, que pediu para ter o nome verdadeiro trocado.
Ela também faz questão de alertar que o luxo na prostituição não existe e que grande parte da mídia ilude as pessoas, por meio de fotos e vídeos, para ganhar dinheiro em cima de quem entra nessa vida. “Na adolescência, passei a trabalhar em casas noturnas com cafetões. Homens comprometidos, famosos, políticos, pessoas ‘respeitadas’ pela sociedade me procuram. Só que eles têm uma face que poucos conhecem. É nojento”, revela.
Clara deixa claro que foi uma opção dela ser prostituta, mas que pagou e ainda paga um alto preço por isso. “Tirei agora um tempo para refletir sobre tudo isso. Estou há oito anos presa a essa atividade e pretendo parar. Carrego a marca da humilhação, mas ainda tenho o sonho de constituir uma família”, afirma.
Ter uma família também é o desejo de Ana Júlia, de 25 anos, garota de programa. A jovem, que decidiu se prostituir após o convite de uma amiga, argumenta que tem data para sair dessa vida. “Fiz meu primeiro programa com 16 anos porque queria pagar uma dívida do cartão de crédito. Desde então, se passaram nove anos de dificuldades e sofrimentos. Quero parar”.
Ana conta que teve que lidar com situações horríveis. “Uma vez um homem colocou uma arma na minha cabeça. Em outra ocasião, um rapaz bêbado me espancou. Já fui chutada em festas. Esses foram alguns dos muitos momentos ruins que me fizeram e me fazem querer desistir”, desabafa.
Tanto Clara como Ana afirmam que esse trabalho é um circulo vicioso e que, quanto mais dinheiro se ganha, mais se perde. “A vontade de ser rica me iludiu. Mas eu ainda acredito que exista um amor puro e quero encontrá-
lo”, salienta a jovem Ana.
Marcas que podem ser apagadas
A história de Silvana Angélica de Freitas, de 37 anos, (Foto ao lado) prova que é possível, sim, parar. Hoje ela é cabeleireira de um dos mais renomados salões de São Paulo, mas quem a conhece sabe que a trajetória dela não foi nada fácil. “Cresci em meio a muitas dificuldades financeiras e presenciei o vício do meu pai com a bebida. Vivia em busca de dinheiro para ajudar a minha família”.

Desempregada e em busca de oportunidades, ela se lembra que viu num jornal um anúncio de uma casa em busca de garotas para trabalhar. Até hoje ela se recorda do primeiro programa que fez, quando tinha 20 anos. “Eu me senti suja e ao mesmo tempo muito angustiada porque sabia que não era certo. Só que, em alguns dias, ganhei muito dinheiro – o que não ganhava em meses de trabalho. Isso me fez continuar”, confessa.
Ela relata que saiu com diversos cantores sertanejos e políticos. “Não posso revelar os nomes, para preservar a minha vida, mas posso afirmar que é um mundo sujo e no qual as pessoas mostram que não têm caráter nenhum. Teve uma ocasião em que quase fui estrangulada por um cliente alcoolizado”, comenta.
A cabeleireira escondeu a profissão da família por muitos anos, até que, aos 23 anos, decidiu parar. “Não queria mais me esconder. Pedi ajuda à minha família e ela me acolheu”, conta.
Sua irmã a levou para a Universal, onde ela descobriu que poderia ter uma nova chance. “No começo, foi difícil me desapegar da vida material, mas descobri que viver em paz era melhor do que ter dinheiro. Com o tempo, as orientações recebidas nas reuniões e com a minha decisão de mudar, consegui recomeçar”, diz.
Hoje, Silvana está casada e aprendeu a acreditar novamente no amor. “A fé que eu aprendi a ter em Deus me deu forças para ir atrás de uma nova vida. Fiz um curso de cabeleireira e hoje trabalho em um dos dez salões mais luxuosos do mundo”.
Ela diz que é possível apagar as marcas da prostituição, mas, para isso, é preciso dar o primeiro passo. “Você, que está nessa profissão, abandone tudo sem olhar para trás e busque ajuda em Deus. Não desista de você”, aconselha.
A modelo e apresentadora Andressa Urach, que também sentiu na pele as humilhações de uma vida de prostituição, afirma que não tem sido fácil para ela recomeçar longe dessa prática, mas garante que nunca mais voltará a ter a vida de antes. “As pessoas dizem que estou fazendo marketing, que voltarei a ser a mesma, mas só eu sei como está o meu coração agora: em paz! Eu sei muito bem o valor dessa fé que me transformou”, revela.

É essa fé que a faz superar as ofensas e desconfianças de quem não acredita na sua mudança. No mês passado, ela foi humilhada publicamente por um apresentador de TV quando dava detalhes do livro Morri para Viver. Ele a fez chorar ao vivo ao dizer que não há desculpas para quem se prostitui. “Eu aprendi a perdoar. Talvez muitos tenham o mesmo pensamento que ele, mas só quem viveu sabe o preço que se paga por essa escolha. O importante é quem eu sou hoje e só escrevi o meu livro para poder ajudar outras pessoas que passaram pelo que eu passei”, completa.
Andressa tem visitado presídios e instituições que abrigam crianças e jovens vítimas de violência sexual, para contar sua história e ajudar quem deseja mudar de vida. Muitas meninas, que estão no anonimato, sofrem muito, assim como a modelo, quando decidem sair da prostituição.
Por isso, para começar uma nova vida, é importante levar consigo a mensagem de Jesus: “Vá e não peques mais”. Não há rótulos que impeçam uma pessoa de reescrever sua história. Acredite em você e busque a felicidade verdadeira.








Voluntários da UNIVERSAL fazem homenagem as jovens internas da Fundação CASA








Toda comemoração é um ensinamento




Dia Internacional da Mulher na Fundação Casa Parada 

de Taipas.
Logo que chegamos, vimos certa mãe esperando o 
horário para visitar sua filha. Tanto amor 
incondicional que, de baixo de sol ou de chuva, 
ela viaja , a cada 15 dias, não deixando de vir à 
Fundação Casa Parada de Taipas, assim ela diz:
 “Ponho o rosto no chão a noite inteira e rezo
 por ela”. Não vejo a hora em que ela saia daqui. 
Em casa ela me faz muita falta.
Vinte e quatro voluntárias se deslocam dos seus 
lares e acompanham Rosana para levar uma palavra 
de fé, uma motivação e ensino, a quase 60 internas
 no regime socioeducativo.

Depois de tudo preparado é hora de recebê-las, 

8 grupos divididos para dar uma atenção
 exclusiva entre voluntárias e internas.
Foi proposta uma dinâmica de várias palavras: 
Perdão, família, felicidade, liberdade, amigo, 
mentira, traição, mágoa e Deus. Uma maneira de 
levá-las a pensar e expressar cada ação, de forma 
sincera, relatando momentos de suas vidas.
Umas extrovertidas, outras tímidas, mas todas 
participaram fazendo diversas colocações. Perdão:
 -Eu tenho muita facilidade de perdoar, tenho que 
aprender a perdoar a si mesmo".


Amiga: -É quase igual mãe, amigo só é amigo 

quando tudo vai bem, no momento ruim 
desaparecem. 
Felicidade: -Um momento de felicidade era 
quando, aos domingos, meu pai fazia churrasco, 
ficávamos na piscina até às 6 da tarde.
Mentira: -Se eu não tivesse mentido, eu não estaria 
presa, dizia a minha mãe que que ia para um lugar
 e saía para cometer delitos” finaliza.


Em todos os grupos diversas falas e terminando de conversar, as voluntárias explicam a importância de

 buscar um caminho saudável, com uma fé seguindo
 o caminho de Deus. Tudo pode acontecer, todos 
podem lhe abandonar, mas Ele sempre estará 
esperando uma decisão para transformar sua vida. 


Rosana fez uma oração, em seguida foi visitar 

mais 12 meninas que estavam cumprindo medidas disciplinares em outro ambiente, por algum 
deslize, não puderam se entrosar com o grupo.
Carlinda declamou uma poesia chamada presente , demonstrando o carinho pelo voluntariado da 
AMC, pois, nessa trajetória da qual participa, 
sempre levou seu sorriso, carinho , ensinamento que 
ali dedicou também às meninas da Fundação Casa.


Foram distribuídos ovos de chocolate, artigos de 

beleza para o salão, literaturas e lindas rosas 
vermelhas em comemoração ao dia Internacional da Mulher. Servimos um delicioso lanche acompanhado
 de refrigerantes, sucos e bolos.

Para muitos as internas dessas instituições são um
 caso perdido; para AMC dia 09 de Março é esperança, 
o erro existe, mas há uma forma de acertar, e enquanto 
nos derem credibilidade nada é impedimento.

            11 5641-3219       / 5644-5284


3 comentários:

  1. Realmente só através da ajuda de Deus a pessoa pode conseguir abandonar a vida errada só através da fé no Senhor Jesus pode haver uma libertação completa de toda ação do mal, e ser uma pessoa com a vida totalmente transformada e feliz.

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  2. Obrigado Deus por nos ter dado a fé na sua palavra.

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  3. Que projeto maravilhoso o projeto AMC Associação de Mulheres Cristãs, esse projeto é muito importante na Fundação Casa.Que Deus abençoe a todos.

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