Homem é vítima de boato e teme sair de casa
Fique atento ao que você tem compartilhado
publicado em 11/10/2016 às 00:30.
Por Rafaella Rizzo / Fotos: Fabio Guimaraes - Thinkstock
O
serralheiro Carlos Luiz Batista (foto ao lado), de 39 anos, foi alvo de
um crime cibernético. A foto dele começou a ser compartilhada em várias
redes sociais com a informação de que ele seria estuprador e
sequestrador de crianças. Nas mensagens, o nome do serralheiro não é
citado e ele é identificado como morador de Mesquita, na Baixada
Fluminense (RJ), e dono de um Fox preto. Só que Carlos mora em Cosmo, na
zona oeste do Rio, e dirige um Corsa verde.
Por conta da
publicação ele começou a receber ameaças e está com medo de sair de casa
e ser agredido ou até assassinado. “Estão acabando com a minha vida.
Não sei quem inventou essa mentira, mas a minha família toda está
ameaçada por causa de uma calúnia”, diz Batista.
Ele já registrou
uma queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e
a Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público um pedido de quebra de
sigilo de IP — um protocolo interno do computador — para descobrir de
onde surgiu a calúnia, mas isso pode demorar entre 6 e 8 meses.
Outros casos
Em
2014, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, então com 33 anos, foi
cruelmente linchada no Guarujá, litoral paulista, depois de uma falsa
publicação em uma página do Facebook afirmando que ela estaria
sequestrando crianças para praticar rituais de magia negra com elas
(saiba maisaqui).
Quase
2 anos e meio depois, no dia 5 de outubro último, Lucas Rogério
Fabrício Lopes, que na época tinha 19 anos, foi julgado e condenado pelo
assassinato. Ele é um dos cinco acusados pelo linchamento e foi quem
bateu três vezes com um pneu de uma bicicleta na cabeça de Fabiane, que
era casada e tinha duas filhas..
Não acredite em tudo que vê
A maioria das pessoas não questiona a origem das informações que surgem na internet. Elas recebem e compartilham. Não faça isso.
Cheque
bem as informações que chegam até você pelas redes sociais e pessoas
próximas. Pesquise e verifique se os fatos são verdadeiros ou não. Só a
partir daí, caso ache necessário, compartilhe. Não colabore com algo que
pode prejudicar seriamente a vida do seu próximo.
“Há uma linha
tênue que separa o que é uma fofoca e o que é uma informação. E, para
que você nunca seja visto como alguém cuja boca espuma veneno, só fale
fatos concretos, presenciados por você, que tem o real conhecimento do
contexto”, orienta a escritora Cristiane Cardoso. “Não podemos ‘ser’ os
ouvidos atentos a especulações e, muito menos, a boca maledicente”,
acrescenta ela.
E você, já foi vítima de uma fofoca? Como reagiu? O que aconteceu? Compartilhe a sua experiência conosco nos comentários abaixo.
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