quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Homem é vítima de boato e teme sair de casa

Homem é vítima de boato e teme sair de casa
Fique atento ao que você tem compartilhado
publicado em 11/10/2016 às 00:30.

Por Rafaella Rizzo / Fotos: Fabio Guimaraes - Thinkstock


 


O serralheiro Carlos Luiz Batista (foto ao lado), de 39 anos, foi alvo de um crime cibernético. A foto dele começou a ser compartilhada em várias redes sociais com a informação de que ele seria estuprador e sequestrador de crianças. Nas mensagens, o nome do serralheiro não é citado e ele é identificado como morador de Mesquita, na Baixada Fluminense (RJ), e dono de um Fox preto. Só que Carlos mora em Cosmo, na zona oeste do Rio, e dirige um Corsa verde.

Por conta da publicação ele começou a receber ameaças e está com medo de sair de casa e ser agredido ou até assassinado. “Estão acabando com a minha vida. Não sei quem inventou essa mentira, mas a minha família toda está ameaçada por causa de uma calúnia”, diz Batista.

Ele já registrou uma queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e a Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público um pedido de quebra de sigilo de IP — um protocolo interno do computador — para descobrir de onde surgiu a calúnia, mas isso pode demorar entre 6 e 8 meses.

Outros casos

Em 2014, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, então com 33 anos, foi cruelmente linchada no Guarujá, litoral paulista, depois de uma falsa publicação em uma página do Facebook afirmando que ela estaria sequestrando crianças para praticar rituais de magia negra com elas (saiba maisaqui).

Quase 2 anos e meio depois, no dia 5 de outubro último, Lucas Rogério Fabrício Lopes, que na época tinha 19 anos, foi julgado e condenado pelo assassinato. Ele é um dos cinco acusados pelo linchamento e foi quem bateu três vezes com um pneu de uma bicicleta na cabeça de Fabiane, que era casada e tinha duas filhas..

Não acredite em tudo que vê

 

A maioria das pessoas não questiona a origem das informações que surgem na internet. Elas recebem e compartilham. Não faça isso.

Cheque bem as informações que chegam até você pelas redes sociais e pessoas próximas. Pesquise e verifique se os fatos são verdadeiros ou não. Só a partir daí, caso ache necessário, compartilhe. Não colabore com algo que pode prejudicar seriamente a vida do seu próximo.

“Há uma linha tênue que separa o que é uma fofoca e o que é uma informação. E, para que você nunca seja visto como alguém cuja boca espuma veneno, só fale fatos concretos, presenciados por você, que tem o real conhecimento do contexto”, orienta a escritora Cristiane Cardoso. “Não podemos ‘ser’ os ouvidos atentos a especulações e, muito menos, a boca maledicente”, acrescenta ela.

E você, já foi vítima de uma fofoca? Como reagiu? O que aconteceu? Compartilhe a sua experiência conosco nos comentários abaixo.






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